Póvoa de Varzim

1 Póvoa de Varzim
2 Argivai
3 Beiriz
4 A ver - o - Mar
5 Amorim
6 Aguçadoura
7 Navais
8 Terroso
9 Estela
10 Laundos
11 Rates
12 Balazar

15 metros acima do nível médio do mar, ocupa uma área de cerca de 250 hectares de configuração retangular.

O concelho conta com cerca de 60.000 habitantes, tem uma área de 87,64 Km2 e é formado por 12 localidades distribuídas por 7 freguesias: União das Freguesias de Aguçadoura e Navais; União das Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso; Balasar; Estela; Laúndos; União das Freguesias da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai; Rates.

Incrustada à beira mar, em redor da cidade praticamente não há limites. O povoado, desfrutando da vastidão de espaço que o oceano lhe proporciona, a poente, beneficia também da sua localização na ampla planície litoral, que se alonga para norte e para sul sendo a visão somente barrada pela barreira formada pela serra de Rates, 7 km a nordeste.

História

Ocupando uma área relativamente pequena, o concelho da Póvoa conhece uma diversidade de condições geográficas muito interessantes.

Em tempos muito recuados, as águas do mar moldaram uma planície que, a norte da cidade da Póvoa, é ocupada pelas localidades de Aver-o-Mar, Aguçadoura, Navais e Estela. Esta antiga plataforma marítima legou-nos um solo arenoso onde, com engenho e esforço, as populações se dedicam à horticultura e, incapazes de resistir ao apelo e benesses do mar, partem em pequenas embarcações para uma pesca costeira que lhes complementa o sustento. Ao oceano retiram também o adubo natural (o sargaço) que tão eficazmente lhes fertiliza os campos.

Campos de "masseira".

Estes, enterrados na areia lembram a forma das tradicionais masseiras e correspondem a uma forma inteligente de aproveitamento das dunas onde, em pequenas explorações, praticando-se uma cultura intensiva, se obtêm excelentes produções hortícolas.

Com um lençol de água muito superficial, a duna foi escavada quase até esse nível freático, o que permite um grau de humidade constante. Com o rebaixamento da área de cultivo consegue-se uma proteção dos ventos marítimos, reforçada por sebes no cimo dos valados, daí resultando um aumento térmico. Estes dois fatores aliados (humidade e temperatura) fazem com que os campos funcionem como uma espécie de estufa.

Serra de Rates

A serra de Rates divide o concelho em duas áreas geomorfológicas distintas. Na faixa central do concelho (sempre com o mar no horizonte próximo), num "corredor" que engloba as localidades de Argivai, Beiriz, Amorim, Terroso e Laúndos encontramos uma zona de transição entre a planície arenosa da beira-mar e os solos mais pesados e ondulados do interior.

Ultrapassada a serra, nas localidades mais interiores do concelho, Balasar e Rates, o solo apresenta uma maior cobertura florestal e as explorações agrícolas, mantendo a pequena dimensão, encontram-se rodeadas de vinha em ramada. São particularmente importantes as culturas do milho, da batata e também das forragens destinadas ao gado bovino. Mas também aqui há a marca do oceano - Rates deve o seu nome às barcas que faziam a travessia de uma língua de mar que até aqui se estendia. Uma das maiores freguesias, é também que está localizada Igreja Românica de S.Pedro de Rates, local de muitos concertos do FIMPV. Restaurado pelo Conde D. Henrique e D. Teresa (não restam dúvidas sobre a existência de uma construção pré-românica, mais modesta) é um dos mais atraentes e " sui generis " exemplares de arte românica em Portugal. Esta freguesia é também um importante local de passagem do caminho de Santiago.

Cruzam-na vias que seguem para norte até Ofir, Viana do Castelo e à fronteira de Valença; que encurtam distâncias para o interior (Trofa, Santo Tirso, Braga, Guimarães, etc); ou então, para sul, levando ao aeroporto e à cidade do Porto. Desde a segunda metade do século XIX, a Póvoa de Varzim é procurada pelas gentes do interior pelas suas praias e pelos famosos banhos quentes, hoje em dia desaparecidos, sendo desde sempre terra associada ao turismo.